quinta-feira, 29 de julho de 2010

PARATY DE MARES. PARATY DE OLHARES. PARATY


As poesias de um lado e os mares de Paraty do outro. Se faz necessária uma nova reunião.

NAS RUAS DE PARATY A PROPAGAÇÃO DE LIVROS. TROCA DE PALAVRAS ESCRITAS






















Diversos escritores apresentando suas criações, troca de experiências e palavras.










PANCADAS


São pancadas

são sons

são ruídos

são barulhos

são zunidos quebrando

a calma do silêncio

ruídos roncos

tinidos

são barulhos

quebrados no silêncio

ouço indo ao silêncio

ensaiando o ensonado de uma

rabeca bem tocada

MURRO


Teu murro em ponta

de faca de fere a que fere

quarta-feira, 28 de julho de 2010

LAVAS


O choro é lavra de vulcão

é sobra de mágoa

é sobra de alegria

é sobra de tristeza

é válvulas de escape e vida. É lágrima...

MANÉ


Os dinossauros

aos lagartos,

iguanas,

tejos pintados,

camaleões,

osgas na parede do quarto lhe olhando.

No reflexo da brecha, insetos alimentam

o sabor na sua língua,

nas cercas, os calangos cinza disfarçam,

meninos de raça e pirraça

armados com baladeiras, investigam.

A, fim de uma desculpa ou de uma culpa?

inocente foi tu que matou mané?

ele calado calango sem chapéu

balança a cabeça confirmando, sim esticando

as borrachas.

O estilingue mirando no olho

o calango cego cercado de nós

dinossauros.

terça-feira, 27 de julho de 2010

ILUSÃO


As dúvidas atravessam

os pensamentos sobre o universo

as tintas sombreando as páginas

formam as escrituras

milhões em vendas

movimentam o mercado

e as ilusões

RONCO


Neste país nem tudo o que ronca é porco,

uma tripa com fome também ronca.

TÉ LOGO


Nunca me cansei tanto

descansando o passado

lento, complicado

a matéria dilacera

sem estaca

sem espera

o tempo

vasa calado

sem té logo

sem dar

tchau

do mundo

eu mudo

em línguas

de esferas

PRA VOCÊ


Que eu não conheço

é com muito prazer

que o prazer é meu

sem ter que dividir

segunda-feira, 26 de julho de 2010

PATADAS


Pra tu,

patadas

é pra trás.

Pra mim,

patadas

é pra frente.

Pra trás

é coice ao vento,

no stress,

palavras que ferem.

GIRO ANGULAR


No seu subconsciente

sentado no sofá

com um controle na mão

remoto é o seu pensamento

tentando controlar

os canais de televisão

vendo visão descolorida

descontrolada a criar chuvisco

notícia de seca

no nordeste

e que há peste suína no sul

que é dose

tomar leite de vaca

com notícia da aftosa

na tela chuviscada foi o espírito

do repórter noticiando

a raça humana gripava

enquanto fritava frango

pra comer com farofa

lá na beira-mar

na praia com cachaça

no seu pensar

eu também sou gente

giro angular ocular.

Lá, acolá, na beira do mar.

IMAGINAÇÕES


Imagem de imaginações:

imagine um marginal,

da linha vermelha do sangue,

que faz o alvo da bala perdida.

Que achou a linha da direção,

onde ela acampou-se na base do poder.

Sem bater, o bobo coração pára.

mais uma embalagem de consumo,

mais um caixão. Vamos enterrar

com honras enrolado nas cores.

com rajadas de perdões.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

no moderno


Nu, o moderno purgando o passado

vomitando resíduos químicos

a terra em ressaca balança feito um cachorro

tentando livrar-se das pulgas

incomodado, o homem come

e carrega, nas descargas os resíduos

em decomposição compõe versos

ao avesso do poema.

sapoboi


Se deu, cedeu

ao prazer, a baba

gerou girino sapo boi

berrou no lago cheio

gretas vias


As ruas fazem parte da sua via urbana

em seus passos e espaço do acesso às saídas

dia e noite, noite e dia

em direção ao volante do cérebro o pensamento

um mundo em paredes

com brechas rachas a fuga [vias]